quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Crónica do Mês - Fevereiro

Antes de mais, preciso de agradecer á Conversa de Café, pelo convite que me foi endereçado.
Fui completamente apanhado de surpresa, no entanto, foi com muito agrado que aceitei, e decidi escrever algo.
Inicialmente o tema pareceu-me tão simples, falar de Fão, a minha terra...afinal...as coisas não são assim tão lineares.
Desde 2003 que não vivo cá, desde 2003 que não convivo diariamente com os problemas, com as necessidades, com as alegrias, com as vitorias, com as derrotas.
Em 2009 tive uma primeira incursão sobre o assunto Fão, no entanto as coisas não correram bem, pois falou-se de muita gente que se sentiu tocada, diria até que se tocou em muitas feridas que não seria suposto tocar. No entanto, porque vivemos num pais democrático, é mesmo sobre isso que quero falar, sobre os problemas que a nossa terra tem, problemas esses que nunca me escaparam mesmo não estando presente fisicamente.
Nas últimas eleições ganhou a esquerda, mas mais do que isso, ganhou alguém que não monopolizava as eleições com panelinhas oriundas dos bombeiros, ganhou alguém que veio por um fim aos tachos que existiam na junta de freguesia, e por um fim a uma corrupção camuflada por sorrisos, e falsas promessas. Com isto, não quero dizer que sou a favor do Luís Peixoto, até porque há muita coisa que ainda tem que provar, mas sou, com certeza a favor da mudança, e de cortes radicais com o passado.
Infelizmente a nossa terra, tem vivido de amigos e amizades, que escondem a incompetência, reflectida numa gestão a todos os níveis danosa, que está á vista de todos, levando a um estancamento evolutivo na nossa vila.
Como bons portugueses, continuamos a viver de memorias, de saudosismos, de recordações, mas esquecemo-nos, que a vida é o futuro, e se queremos que este seja risonho, é necessário mais empreendimento, mais investigação, mais investimento, e acima de tudo, uma maior vontade para que algo aconteça. Eu próprio propus diversas vezes á junta de freguesia, o desenvolvimento de acções de formação na área das Tecnologias de Informação (a minha área), no sentido de cativar mais investidores, mais investimento, visto tratar-se de uma área com menores custos, e que poderia levar a que mais gente tentasse a mesma, (descentralizando) não reduzindo tudo á capital. Como é obvio, nem sequer houve respostas, isto porque envolvia trabalho, palavra que assusta muita gente.
Em 2009 fiz também algumas criticas ao Novo Fangueiro, por ser tão redutível nos seus assuntos, e por se dedicar demasiado ao FC Fão, aos Galácticos, aos Bombeiros, e dedicar-se muito pouco á destruição do pinhal por exemplo. Obviamente que este tema é tabu, e feriu muitas susceptibilidades, inclusivamente recebi emails injuriosos por parte de alguns responsáveis, o que demonstra acima de tudo uma tremenda falta de encaixe, uma vez que apenas partilhei a minha opinião. Pois bem, o que é verdade é que o jornal mudou, e as coisas mudaram ligeiramente, e por isso também deixo uma palavra para as pessoas que para esse jornal trabalham, uma vez que também é necessário louvar o que se faz de bom, e muitas coisas no mesmo, são realmente positivas.
Mas o saldo é claramente negativo, nos meus 23 anos de vida, vi poucas mudanças, vi muita coisa acabar, e pouca começar, vi muitas oportunidades perdidas e poucas ganhas. De quem será a culpa? Não será de todos nós? Será que fazemos o suficiente? Não me parece. Perdemos demasiado tempo a olhar para o nosso umbigo, do que realmente a tentar algo. É realmente triste para mim, e para muitos outros, ter de estar longe da família, dos amigos, da nossa terra, para poder trabalhar, isto porque a nossa própria terra não nos dá nada, aliás nunca deu, tudo de bom que cá existia terminou, sem que ninguém mexesse um dedo para alterar o curso dos acontecimentos.
Em suma, as coisas não estão bem, e não há grandes perspectivas de melhora, há sim, uma grande perspectiva de degradação, uma vez que agora as entidades patronais têm uma desculpa cliché para a sua incompetência, agora podem usar A Crise como justificação para tudo. Gostava de daqui a uns tempos poder escrever, que me enganei redondamente, e que afinal as coisas melhoraram, e houve mudanças positivas, e que as pessoas que gerem a nossa terra actuaram e cumpriram o que prometeram, mas infelizmente custa a acreditar nisso, até porque o exemplo que vem das pessoas que gerem o Pais, também não ajuda...esperemos para ver...
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Rui Pedro Silva

14 comentários:

marques disse...

Rui Pedro, continuas um sonhador e vê-se logo que não cresceste meu. Dizes bem que andas longe da tua terra à alguns anos e que isto não evoluiu sem te aperceberes.Havias de ver as outras terras e então é que tu falavas meu. mas pronto, estás habituado ao mundo virtual das novas tecnologias e pensas que as coisas se fazem com um clique, mas quando regressares à tua terra e trabalhares um bocadinho por ela com os dez dedos, então tu vais aprender que afinal as coisas já não se fazem com teclado meu, isto se não fores músico, embora pelo que vejo tenhas algum jeito. Tens de vir ká abaixo meu e descer das núvens. Os teus colegas e amigos estamos todos ká á tua espera para nos mostrares o que é trabalhar pela tua terra.
mas num te preocupes porque este foi o primeiro kumentário que alguma vez alguém pôs aqui nas krónicas, o que mostra q és mesmo especial.

marquesdasilva

Um Hipocondriaco disse...

Marques,

Antes de mais, respeito a tua opinião, porque vivemos num pais democrático, e por isso ao contrário do que foi feito, não vou entrar em duelo directo, mesmo porque este blogue não o merece, ja que está muito bom, e deve ser respeitado.
Contudo, deixa-me acrescentar algumas coisas, sonhador, é aquele que promete, pensa e não faz, e felizmente tudo a que me propus está feito, e se serve de alguma coisa, foi acordado a semana passada com o MillenniumBCP, instituição para quem trabalho, um conjunto de acções que visam aumentar o investimento nesta zona. Se é feito com um clique, ou com dez dedos parece-me o menos importante, uma vez que o que interessa é resultado final, e não a forma como é feito. Se sou ou não especial, também não me parece ser tema para este fórum, mas terei todo o gosto em discutir todos estes temas pessoalmente, uma vez que não me escondo, nem nunca me escondi atrás do computador. Por fim deixa-me só apresentar-te 3/4 empresas que vivem do mundo virtual, mas que no entanto tem uma facturação superior á soma de todos os ordenados das pessoas da nossa vila, Google, Facebook, eBay, Youtube, Amazon, Microsoft, Yahoo, são só alguns exemplos, e era nisso que eu me estava a focar, uma vez que o mundo do IT não requer custos de logística, apenas necessita da internet, não disse, nem nunca disse, que isto resolvia os problemas todos, disse sim, que era uma forma de atrair investidores, pois há muita gente com formação que precisa emprego.
Infelizmente, e para não variar continua-se a levar as coisas para o foro pessoal, contudo sem nunca dar a cara por nada do que se diz. pois bem, eu dou, e assino tudo o que digo, e se sou sonhador, ou vivo numa realidade á parte não sei, mas sei que, sem querer ser presunçoso, tenho uma carreira com a minha idade que muito pouca gente atingiu, e isto não é por ser especial, é sim por arriscar, e concretizar o que me proponho, e ser 200% profissional, o que não quer dizer que não corra mal, mas há um lema que eu sigo muito "Quem não mete as mãos, com certeza que não estraga", e eu meto as mãos.
Os meus amigos e colegas convivem comigo frequentemente, portanto sabem aquilo que eu penso

anticuo disse...

Sr Rui Pedro Silva, ao ler a sua crónica observo que é um critico feroz de algumas pessoas que desde à muito se dedicam a Fão, e que, na minha opinião, as afirmações que faz não serão adequadas à realidade.

Fico curioso de saber qual a sua motivação e/ou razão para as afirmações feitas, gostando que esclarece-se algumas delas.


“Desde 2003 que não vivo cá, desde 2003 que não convivo diariamente com os problemas, com as necessidades, com as alegrias, com as vitorias, com as derrotas.
Em 2009 tive uma primeira incursão sobre o assunto Fão, no entanto as coisas não correram bem, pois falou-se de muita gente que se sentiu tocada, diria até que se tocou em muitas feridas que não seria suposto tocar. No entanto, porque vivemos num pais democrático, é mesmo sobre isso que quero falar, sobre os problemas que a nossa terra tem, problemas esses que nunca me escaparam mesmo não estando presente fisicamente.
Nas últimas eleições ganhou a esquerda, mas mais do que isso, ganhou alguém que não monopolizava as eleições com panelinhas oriundas dos bombeiros, ganhou alguém que veio por um fim aos tachos que existiam na junta de freguesia, e por um fim a uma corrupção camuflada por sorrisos, e falsas promessas.”
Nesta transcrição da sua crónica, fala em interesses instalados, em tachos e panelinhas e em corrupção. Não percebendo o objectivo de alcance da sua crónica, gostaria de saber se por algum momento, nos seus 23 anos de existência, procurou saber do funcionamento e das dificuldades das instituições que vai criticando, umas explicitamente e outras não. Gostaria de conhecer os factos por si conhecidos, e que devem fundamentar o que escreveu.

“Eu próprio propus diversas vezes á junta de freguesia, o desenvolvimento de acções de formação na área das Tecnologias de Informação (a minha área), no sentido de cativar mais investidores, mais investimento, visto tratar-se de uma área com menores custos, e que poderia levar a que mais gente tentasse a mesma, (descentralizando) não reduzindo tudo á capital. Como é obvio, nem sequer houve respostas, isto porque envolvia trabalho, palavra que assusta muita gente.”
De acordo com esta parte da sua crónica, propôs acções de formação na sua área, acções de formação que poderiam cativar investimentos. Ao ler esta parte da sua crónica surgem-me algumas questões, relativas à execução deste “seu projecto”.
- Custos das referidas acções de formação?
- Quem seria(m) o(s) formador(es), e se estas acções de formação seriam reconhecidas por alguma entidade com credibilidade na área?
- Qual o local onde poderiam ser feitas as referidas acções de formação e os meios necessários para a sua realização?
- Como poderiam essas acções de formação cativar investimentos de empresas em Fão?

“É realmente triste para mim, e para muitos outros, ter de estar longe da família, dos amigos, da nossa terra, para poder trabalhar, isto porque a nossa própria terra não nos dá nada, aliás nunca deu, tudo de bom que cá existia terminou, sem que ninguém mexesse um dedo para alterar o curso dos acontecimentos.”
Não posso deixar de concordar que me entristece as disparidades existentes no nosso País, mas não posso deixar passar em claro a crítica implícita (a minha leitura) à capacidade que a Junta de Freguesia tem e não utilizou para “alterar o curso dos acontecimentos”.
Sr Rui Pedro Silva, sabendo que é alguém com formação superior, até fazendo referência a ela na sua crónica, sou de opinião que o Sr deveria ter procurado saber quais as competências e as limitações que uma Junta de Freguesia tem.

Sei que o Sr Rui Pedro Silva gosta de Fão, mas considero que as críticas por si feitas deveriam ser mais fundamentadas.

Cumprimentos,

anticuo disse...

Sr Rui Pedro Silva, ao ler a sua crónica observo que é um critico feroz de algumas pessoas que desde à muito se dedicam a Fão, e que, na minha opinião, as afirmações que faz não serão adequadas à realidade.

Fico curioso de saber qual a sua motivação e/ou razão para as afirmações feitas, gostando que esclarece-se algumas delas.
“Desde 2003 que não vivo cá, desde 2003 que não convivo diariamente com os problemas, com as necessidades, com as alegrias, com as vitorias, com as derrotas.
Em 2009 tive uma primeira incursão sobre o assunto Fão, no entanto as coisas não correram bem, pois falou-se de muita gente que se sentiu tocada, diria até que se tocou em muitas feridas que não seria suposto tocar. No entanto, porque vivemos num pais democrático, é mesmo sobre isso que quero falar, sobre os problemas que a nossa terra tem, problemas esses que nunca me escaparam mesmo não estando presente fisicamente.
Nas últimas eleições ganhou a esquerda, mas mais do que isso, ganhou alguém que não monopolizava as eleições com panelinhas oriundas dos bombeiros, ganhou alguém que veio por um fim aos tachos que existiam na junta de freguesia, e por um fim a uma corrupção camuflada por sorrisos, e falsas promessas.”
Nesta transcrição da sua crónica, fala em interesses instalados, em tachos e panelinhas e em corrupção. Não percebendo o objectivo de alcance da sua crónica, gostaria de saber se por algum momento, nos seus 23 anos de existência, procurou saber do funcionamento e das dificuldades das instituições que vai criticando, umas explicitamente e outras não. Gostaria de conhecer os factos por si conhecidos, e que devem fundamentar o que escreveu.

“Eu próprio propus diversas vezes á junta de freguesia, o desenvolvimento de acções de formação na área das Tecnologias de Informação (a minha área), no sentido de cativar mais investidores, mais investimento, visto tratar-se de uma área com menores custos, e que poderia levar a que mais gente tentasse a mesma, (descentralizando) não reduzindo tudo á capital. Como é obvio, nem sequer houve respostas, isto porque envolvia trabalho, palavra que assusta muita gente.”
De acordo com esta parte da sua crónica, propôs acções de formação na sua área, acções de formação que poderiam cativar investimentos. Ao ler esta parte da sua crónica surgem-me algumas questões, relativas à execução deste “seu projecto”.
- Custos das referidas acções de formação?
- Quem seria(m) o(s) formador(es), e se estas acções de formação seriam reconhecidas por alguma entidade com credibilidade na área?
- Qual o local onde poderiam ser feitas as referidas acções de formação e os meios necessários para a sua realização?
- Como poderiam essas acções de formação cativar investimentos de empresas em Fão?

“É realmente triste para mim, e para muitos outros, ter de estar longe da família, dos amigos, da nossa terra, para poder trabalhar, isto porque a nossa própria terra não nos dá nada, aliás nunca deu, tudo de bom que cá existia terminou, sem que ninguém mexesse um dedo para alterar o curso dos acontecimentos.”
Não posso deixar de concordar que me entristece as disparidades existentes no nosso País, mas não posso deixar passar em claro a crítica implícita (a minha leitura) à capacidade que a Junta de Freguesia tem e não utilizou para “alterar o curso dos acontecimentos”.
Sr Rui Pedro Silva, sabendo que é alguém com formação superior, até fazendo referência a ela na sua crónica, sou de opinião que o Sr deveria ter procurado saber quais as competências e as limitações que uma Junta de Freguesia tem.

Sei que o Sr Rui Pedro Silva gosta de Fão, mas considero que as críticas por si feitas deveriam ser mais fundamentadas.

Cumprimentos,

Um Hipocondriaco disse...

Sr.

Anticuo (Seja lá quem for), é primeiramente de louvar o facto de fazer um comentário construtivo.
No entanto, em primeiro lugar, em momento algum fiz referência á minha formação superior, uma vez que posso trabalhar na área de TI, sem ter qualquer formação superior. Quem me conhece, sabe, que nunca em momento algum me fiz valer dessa mesma formação para o que quer que fosse.
Em relação á minha fundamentação, como crónica, não teria de o fazer, uma vez que apenas escrevo sobre o que penso, e quem quiser concorda, quem não quiser não concorda.
Mas não tenho qualquer problema em discutir qualquer assunto, pessoalmente com quem quer que seja, porque tal como já referi nunca me escondi atrás de pseudónimos, computadores, ou outro adereço, assino tudo o que escrevo.
Os factos por mim conhecidos, são isso mesmo, por mim conhecidos, e não são para ser colocados num fórum, mas posso falar pessoalmente com qualquer um, e explicar detalhadamente, deixo apenas uma pergunta no ar...porquê que para pedir uma declaração de residência na junta pago 3€, e se for um familiar de algum membro da junta, não paga o que quer que seja?? (Eu assisti, ninguém me contou)
No que diz respeito a acções de formação, os custos são reduzidos, até porque eu próprio me ofereci para o fazer, uma vez que já o faço em Lisboa por exemplo. Mais do que falar sobre tecnologia, seria importante falar das vantagens que existe na utilização de negócios online, nas questões relacionadas com segurança, enfim, tudo o que é inerente a este tipo de área.
Local?? Os bombeiros têm um auditório, o salão paroquial tem uma grande sala, só para citar alguns exemplos.
Eu conheço todas as limitações que a junta de freguesia tem, mas também sei que muitas dessas limitações passam pela má utilização dos recursos existentes, e passam pelo jogo de interesses que existe.

Enfim, isto falado num blogue fica sempre no ar, e com pouca informação, mas mais uma vez sublinho, que terei todo o gosto em discutir estes assuntos em fóruns apropriados, e não neste, uma vez que não me parece ser esse o objectivo deste.

Carlos Rio disse...

Caro Rui,
Deixa-me saudar o facto de também te ver interessado pelas coisas da nossa Terra e dar-te os parabéns pelo valor que sei teres na tua área técnica e desejar-te muito sucesso, pois mereces.
Sobre a tua crónica, ou melhor, sobre o que respondeste ao Antíquo, vou discordar de ti.
E discordo quando dizes que só pessoalmente terias muito gosto em explicar as acusações que na crónica fazes. E são graves...
É que se as fizeste publicamente, a explicação ou demonstração do que disseste também deveria ser pública. Não tem lógica, no meu entender, acusar sem demonstrar, muito menos acusar publicamente e depois dizer que só pessoalmente explicarias essa história dos tachos e da corrupção.
Quem gosta tanto da sua Terra e e com ela está tão preocupado, e eu acredito e sei que sim, se efectivamente tem conhecimento comprovado de situações menos claras, tem a obrigação, repito, a obrigação, de as denunciar publicamente, como o fizeste, mas demonstrando o que se diz da mesma forma.
É também uma questão de coerência!

Abraço,
Carlos Rio

anticuo disse...

Sr Rui Pedro Silva, agradeço as respostas por si dadas.

Continuo a ser de opinião de que não se devem fazer determinado tipo de afirmações, como “interesses instalados” e “corrupção”, e que até poderão ter implicações legais de ânimo leve e sem fundamentação. O episódio da declaração de residência que contou, na minha opinião é reprovável.

Relativamente as acções de formação, sem ter conhecimento do “projecto”, e tendo em conta alguns dos esclarecimentos por si dados, continuo a ter algumas reservas quanto à exequibilidade do mesmo por parte da Junta de Freguesia, e destaco de que os locais que referiu como possíveis para a realização, pertencem a outras instituições.
Não seriam necessários alguns meios informáticos para os formandos?
Gostaria de saber se as formações se destinam à população em geral, ou se há necessidades de se ter alguns conhecimentos nas áreas das tecnologias, ou quaisquer outros tipos de pré-requisitos?
Gostaria de saber, se as suas iniciativas para a realização destas acções de formação, apenas se dirigiram à Junta de Freguesia, ou se procurou também outras Instituições?

Sr Rui Pedro Silva, quando me referia às limitações de uma Junta de Freguesia, referia-me à capacidade que esta poderá ter para interferir nas orientações directivas das empresas e na criação de Postos de trabalho.
Estou de acordo de que há necessidade de se rentabilizar os meios existentes, mas quanto ao “jogo de interesses”… não tendo o conhecimento de causa, coloco as minhas reservas.

Considero louvável a sua atitude de colocar os seus conhecimentos aos dispor da sociedade, e não quero que pelas questões que coloquei, pense que estou a criticar a sua intenção. Apenas considero que a forma como escreveu na sua crónica poderia ser mais fundamentada, e que algumas afirmações não deveriam ter sido feitas.

Mais uma vez, agradeço a sua disponibilidade.
Quanto ao pseudónimo por mim utilizado, é uma opção pessoal. Compreendo a sua posição, porque optou por assinar a crónica, como os comentários que faz.

Cumprimentos,

Um Hipocondriaco disse...

Boa Noite,

Sr. Carlos Rio, agradeço o seu comentário.
Obviamente o que se diz, deve ser fundamentado, no entanto como crónica, não me pareceu o local para expor muito mais do que o que disse, uma vez que, não passou de um artigo de opinião.
Relativamente aos factos, quero deixar uma nota...é importante que não se estereotipe as coisas, e que se considere tudo por igual, há muita gente na junta e outras instituições, com competência de sobra, e com capacidade para fazer muita coisa.
Quando um acontecimento como o da declaração de residência acontece, para mim, já serve como justificação para corrupção, porque apesar de um termo pesado, é o que classifica o não cumprimento das leis para beneficio próprio ou de pessoas próximas. Se não cobram o mesmo valor a todos, posso retirar duas conclusões, ou não há valor a pagar, e nesse sentido o dinheiro é recebido "ilegalmente", ou então realmente é necessário pagar, e em certos casos não se cobra essa taxa, para fazer o "favor". também podemos falar do caso do deputado do PP, que este ano ficou a dividir a assembleia, e que foi "seduzido" a pender para a esquerda como consequência de algumas ajudas. Neste caso concreto, não falo por ter visto algo, mas falo porque foi relatado na primeira pessoa, e é falado por toda a freguesia. O que chamamos a este caso?? "Jogo de Interesses"?? da mesma forma que nos mandatos anteriores, contaram nomes, que até á eleição pertenceram a outros partidos da oposição, ou mesmo pessoas que defendiam acerrimamente uma derrota do Sr. Presidente á data, mas que num flash, rapidamente passaram a apoiar acerrimamente as ideias do mesmo Presidente. Como é obvio não posso afirmar o que quer que seja, mas é com certeza estranho não? da mesma forma que é estranho que pessoas que entram nos mandatos para a Câmara Municipal, ou para a Junta, em algum tempo passem a ostentar sinais de riqueza, ou pelo menos sinais de uma evolução monetária bastante grande, coisa que segundo sei não deveria ser responsabilidade do "pequeno" ordenado que auferem.
Admito que as minhas palavras são duras, no entanto em situação alguma citei nomes, ou injuriei alguém em particular, apenas como qualquer cidadão expus a minha ideia, e que em termos legais não tem qualquer valor. Não era com certeza a minha ideia entrar por esses caminhos.
Obviamente que são graves, mas são graves no sentido em que as pessoas as interpretam como ataques pessoais, o que não é verdade.
felizmente herdei do meu pai, o dom de não ficar calado, e de expressar tudo o que penso, desde que salvaguarde a minha posição, o que neste caso esta salvaguardada.
Para concluir, é com enorme prazer que lhe respondo, uma vez que é uma pessoa com bastante credibilidade, e que a meu ver faz falta a nossa terra.

Sr. Anticuo,

Respeito o seu pseudónimo, e nunca quis colocar isso em questão.
Com a resposta ao Sr. Carlos, também lhe respondi em parte a si.
Em relação ás questões que coloca, depende de que especificidade da formação estamos a falar.
Existe uma variedade de temas que podem ser abordadas como a segurança na internet, como Business Plan para investimentos nesta área, como Business Cases sobre o tema. Estes são temas que não requerem conhecimentos de desenvolvimento, requerem sim, vontade e ambição. Por outro lado, para o publico mais interessado em "meter a mão na código", então a formação seria mais especifica.
Tudo depende do que se pretende.
Não sou só eu que percebo da "arte", o próprio Sr. Carlos está por dentro, temos a Mara Simões (peço desculpa por usar o nome) que já provou que é bastante competente, e há mais gente "escondida".
Ao dispor para qualquer esclarecimento.

anticuo disse...

Sr Rui Pedro Silva, agradeço a sua resposta, apesar de considerar que continua a efectuar afirmações que não devem ser feitas sem fundamentação.

O acontecimento da declaração de residência que relatou, apenas prova que no momento em que teve que pagar a declaração de residência por si pedida, houve outra declaração de residência que nesse momento não foi paga.
O Sr Rui Pedro Silva, tem a certeza de que a outra declaração de residência não foi paga posteriormente? De qualquer das formas, considero que é um procedimento incorrecto.

“da mesma forma que é estranho que pessoas que entram nos mandatos para a Câmara Municipal, ou para a Junta, em algum tempo passem a ostentar sinais de riqueza, ou pelo menos sinais de uma evolução monetária bastante grande, coisa que segundo sei não deveria ser responsabilidade do "pequeno" ordenado que auferem.”
Sr Rui Pedro Silva, este um exemplo de uma afirmação que considero que não deve ser feita de “ânimo leve”, em primeiro lugar porque apesar de não referir um nome, faz referência a um pequeno grupo de pessoas que facilmente podem ser identificadas, e em segundo lugar porque carece de alguma verdade. Não saberá o Sr Rui Pedro Silva que os lugares numa Junta de Freguesia são compatíveis com outras actividades profissionais?
Sr Rui Pedro Silva, em Fão nunca observei a ostentação de riqueza de alguém que exerce(u) funções autárquicas.

Relativamente ao “deputado do PP”, nestas últimas eleições autárquicas, ficou apenas legitimado o lugar de quem seria o Presidente da Junta, tendo o PS conquistado 4 lugares na Assembleia de Freguesia como o PSD e tendo sido o lugar que falta atribuído pelos eleitores ao candidato independente pelo MPT. Nestes casos são necessárias negociações para se eleger os restantes membros da Junta de Freguesia, porque há a possibilidade, de se criar um impasse e ser necessário repetir-se as eleições.

Quanto às acções de formação, nunca coloquei as suas competências em causa, apenas manifestei as minhas reservas em relação à Junta de Freguesia de Fão ter a capacidade em termos de instalações e de meios para a realização das mesmas.

Cumprimentos,

marques disse...

Rui Pedro,
fiquei intrigado meu bom amigo com as tuas revelações sobre o compadrio e sobretudo com os benefícios ilícitos de alguns menbros da Câmara e da Junta que em pouco tempo começaram a dar sinais exteriores de riqueza, ganhando eles um pequeno salário.Será assim? Em que te baseias para fazer uma afirmação tão grave? Só porque te apeteceu ou na tua natural ignorância sobre estes temas achaste que era assim? Qual é afinal o teu Q.I.?
É muito grave o que tu afirmas gratuitamente pois tanta gente que anda por cá e ainda não se apercebeu dessas coisas. Até o deputado do PP que pode servir de desempate tu acusas de desonesto?Deves estar a brincar e estas coisas não são para inventar e dizer gratuitamente só porque o teu pai também é um destravado, como afirmas.
Até por causa de um certificado de residência, em que a pessoa pode estar isenta tu fazes um caso assim tão grave?E a liberdade das pessoas escolherem em quem votar?
Estou abismado com o que pensas de quem entra nestas coisas de boa vontade.Por isso eu não entro nem entrarei na política porque existem mentes depravadas que em tudo vêm interesses. Fazes bem em continuar longe e a dar a tua opinião.
Só estudaste informática estou a ver e do resto não percebes patabina, nem queres perceber. Ao menos cala-te porque vê-se logo que não é esta a tua área.Estás a agredir muitas pessoas que se dedicam à vida pública com entusiasmo e seriedade. E calado pareces mais sério.

Um Hipocondriaco disse...

Bem,

Infelizmente isto está a entrar por caminhos que não me interessam.
As afirmações já foram feitas, quem gosta gosta, quem não gostam, paciência. Não vou perder mais tempo a tentar explicar seja o que for por quando quem esta a ler não quer perceber, quer apenas contrariar.
Acrescento apenas que sei bem como funciona a assembleia, e sei que houve empate, e sei que um deputado teria de acabar com o impasse, no entanto penso que a decisão de pender para qualquer um dos lados, deve ser tomada no sentido de escolher o melhor para a vila, e não o "melhor para si".
Em relação ao marques tenho-te a dizer, que o meu QI é irrelevante para o assunto, e que se fosses mais esperto não metias o pé na argola, uma vez que a minha formação é em Engenharia de Comunicações.
É igualmente de uma cobardia enormes o conjunto de injurias que proferes, escondendo-te atrás de um pseudónimo, uma vez que não acredito que vás a minha casa chamar depravado ao meu pai (Foste tu que chamas-te e nao eu), eu apenas disse que tal como ele, afirmo o que penso, se há quem não concorde, isso é problema que não me interessa, felizmente já tou habituado a pequenez desta vila. E para tua informação sei muito mais do que simples informática, e se fosses um pouco mais inteligente, terias sabido o que realmente faço, antes de afirmar o que quer que seja.
Neste fórum até agora não afirmei nada que não se soubesse, e só não sabe, quem não quer, ou lhe dá jeito :)
Posto isto, terei todo o gosto em continuara falar sobre isto, pessoalmente, fora isso apenas falarei sobre temas relacionados com acções a tomar, e que possam ser úteis, e não perderei mais tempo a responder a pessoas mal educadas, e sem o mínimo de capacidade para discutir o que seja, reduzindo qualquer discussão a injurias pessoais.

Um Hipocondriaco disse...

Para o sr anticuo, porque sabe escrever e argumentar, terei todo o gosto em responder.
Os sinais exteriores de riqueza, não são só em Fão, e fiz questão de frisar, infelizmente isso acontece um pouco por todo o lado, uma vez que as pessoas que gerem muitas vezes tiram partido da posição para obter alguns "favores", não sei se isso se verifica em Fão, e não quero saber, mas que conheço muito gente que teve salto económico bastante grande depois de integrar os quadros, e não tendo tido alterações no seu trabalho diário, isso conheço, contudo não estou a dizer que é necessariamente na vila.
Em relação ao deputado, é apenas um exemplo.
Houve um empate, e eu sei disso, seria necessário terminar com o impasse, contudo tal como afirmei no post anterior, o impasse deve ser resolvido, pendendo para a solução mais útil para a nossa terra, e não no sentido mais útil "para" a pessoa em causa. Eu não estou a injuriar, nem caluniar, uma vez que isto foi contado na primeira pessoa, ninguém inventou.
Infelizmente há muita coisa que se sabe e não se quer discutir.
Em relação á formação, em momento algum disse, que você teria dito que não teria capacidade, eu só falei que há recursos, e há infra-estrutura para tal, e que não teria de ser eu a fazer.
As afirmaçõs que dizem que faço de ânimo leve, não o são, são sim baseadas, no que as pessoas dizem, no que ouço, e no que assisto. Quem me conhece realmente, sabe bem que não é do meu timbre arranjar confusões, ou problemas, é sim do meu feitio, lutar pelo que acredito, e ambiciono, e isso não passa claramente por discutir com pessoas como o marques, que sinceramente vale muito pouco, e que pouco mais sabe do que tentar atacar-me, ou tentar prejudicar a minha imagem, não tendo contudo alcançado, que eu não estou longe, e que já tenho diversas actividades em curso com diversas entidades, no sentido de tentar cativar algumas pessoas. Eu não me limito a falar, felizmente também faço. As pessoas que entram na política "apenas" por boa vontade são uma utopia, a boa vontade serve para ajudar os pobres e os desfavorecidos. É por termos pessoas como marques neste terra, que estamos onde estamos. Poderia levar as coisas para um foro mais pessoal, e dizer-lhe qual o meu QI, mas não preciso, porque infelizmente sou de uma família pobre, e que tem de lutar para ter as coisas, e tal como os meus pais, sempre tive de o fazer, e não foi com certeza pelos meus lindos olhos que estou onde estou.

marques disse...

Podes não gostar do que eu disse meu amigo Rui, como eu também não gostei do que disseste por achar que falaste de ouvido, mas só estou agora a responder porque eu não chamei depravado ao teu pai, mas sim destravado, que é coisa bem diferente e foi só porque disseste que eras como ele, que dizias aquilo que pensavas. Talvez confundas facilmente as coisas pelo que vejo, e conforme te convém, mas o respeitinho quer-se e nisso não falho, meu. Respeitinho para com os nossos pais, que fazem muitos sacrifícios!

Um Hipocondriaco disse...

Marques,

Tens toda a razão, e já tinha percebido antes, mas não tive tempo de corrigir.
Dizer o que penso é bem diferente de ser destravado, se não souberes posso explicar semântica e sintacticamente o que significa esta ultima.
Ao contrário do que dizes tenho bastante capacidade de encaixe, porque caso contrário já teria usado as mesmas armas que tu, e teria partido para o ataque pessoal.
Em nota, penso que o termo "amigo" não será o mais indicado, e para uma pessoa que se dá a entender tão, seria talvez indicado que fizesse uma revisão no português, uma vez que em ponto algum na gramática da nossa língua existe referência para a utilização da expressão "meu" no lugar de uma virgula(,), ponto final (.), ponto de exclamação (!), ponto de interrogação (?) e afins. Isso felizmente, e apesar de só perceber de informática e de ter um QI bastante baixo, consigo saber, e não é com certeza um "saber" só de ouvido, também sei que "ka" não substitui "cá", e que "comentário" ainda é usado, não tendo sido substituído por "kumentario", da mesma forma que o numero de letras usado em kronica é igual ao usado em crónica, portanto não vejo nenhum ganho nisso. Portanto caríssimo, antes de afirmar o que quer que seja, tente rever o seu próprio estado, no sentido de não cometer gaffes
Meu caro marques, quando se quer entrar numa discussão produtiva deve-se sempre ter em conta um aspecto, argumentação, e nesse sentido o senhor está claramente longe de de o ter em conta, uma vez que se limitou até agora a dizer que "eu isto", "eu aquilo", "eu não sei", "eu não fiz", "eu não vi", quando no fundo não me deu nenhum argumento que prove que estou enganado. Penso que deveria ler os textos do Sr. Antiquo, e do Sr. Carlos Rio, porque fazem criticas construtivas, e que em alguns casos fazem sentido, uma vez que felizmente não sou perfeito (não teria piada se o fosse), e nesse contexto, posso sempre estar enganado, ou ser induzido em erro.

Posto isto, não perderei mais tempo consigo, a não ser que realmente queira ter uma conversa como deve ser, e pare de me atacar escondendo-se por trás do pseudónimo.