quarta-feira, 8 de junho de 2011

Crónica do Mês - Vítor Queirós

Coração que bate por Fão:

Penso muitas vezes no porquê de tanta gente não ter nascido numa terra tão especial como a minha. Mas também penso naqueles que têm a sorte de poder viver, conviver, passear nesta terra tão maravilhosa.
Em Fão tudo é natural, o rio, o mar, as paisagens, a cultura, a nossa gente, a nossa “língua”, a gastronomia, que tornam este cantinho de Portugal na terra mais encantadora.
As histórias contadas pelos nossos pais e avós, sobre como era a nossa Vila nos seus tempos de juventude, fazem-me ficar com saudade, mesmo não tendo vivido esses momentos. Os teatros revista, os circos no ramalhão, as histórias do Hotel Pinhal, as histórias e namoros com as/os turistas, as serenatas, as noites no Fôjo são marcas de um passado que a juventude de hoje recorda, e que gostava de as viver.
Contudo só nos resta mesmo as histórias!! Fão está sem vida!Está sem graça! Se não fossem os bares, as discotecas, a praia, Fão seria um deserto…. Não podemos viver só no verão.
A autarquia local em funções e as próximas que sucederão têm de “Ver Fão na Cultura”, aproveitar o património deixado pelos nossos antepassados, como é o caso da necrópole, que está abandonada (que em qualquer terra estava qualificada e seria um ponto turístico de valor), dar a vida e o movimento que o Centro Histórico já teve, preocuparem-se em criar actividades para os nossos jovens e idosos. Não basta fazer-se rampas e limpar as beiras das estradas.
Desta forma Fão seria melhor, mais atractivo turisticamente e mais próximo de todos os fangueiros.
Está na hora de todos aqueles que gostam de verdade de Fão, e que querem tornar a nossa terra ainda mais especial, se unirem e arregaçarem as mangas.
Os jovens fangueiros também têm que se aproximar da Vila! Nós somos o futuro de uma terra, que apesar de mágica ainda tem muito para dar.
“Vamos devolver acção a Fão.”

O meu coração bate por Fão!! E o teu?

Vitor Gaifém Queirós

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